Os bosques desempenham um papel fundamental na conservação dos ecossistemas e da biodiversidade assim como na mitigação das alterações climáticas.
Cerca de 31% da superfície terrestre total encontra-se coberta por bosques e supõem um pouco menos de 4000 milhões de hectares.
Os bosques estão distribuídos de forma desigual no mundo: 229 países possuem superfícies florestais que superam 50 por cento da sua superfície terrestre total, enquanto que 64 dispõem de superfícies florestais inferiores a 10 por cento. Cinco países, Federação Russa, Brasil, Canadá, Estados Unidos da América e China abarcam juntos mais de metade da superfície florestal total.
A nível mundial, 36% dos bosques estão classificados como primários (bosques de espécies nativas em que não se observam indicações claramente visíveis de actividade humana e os processos ecológicos não são objecto de transtornos consideráveis).
A desflorestação, causada directamente pela acção do homem sobre a natureza está a destruir de forma preocupante a superfície florestal existente, principalmente devida às talas realizadas pela indústria madeireira, assim como para a obtenção de solo para a agricultura.
As causas da desflorestação são:
1. A talha descontrolada para extrair a madeira.
2. Geração de maiores extensões de terra para a agricultura e a pecuária.
3. Incêndios.
4. Construção de mais espaços urbanos e rurais.
5. Pragas e doenças das árvores.
As consequências da desflorestação são:
1. Erosão do solo e destabilização das capas freáticas*, o que por seu lado provoca as inundações ou as secas.
2. Alterações climáticas.
3. Redução da biodiversidade, das diferentes espécies de plantas e animais.
4. Aquecimento global da terra: Porque ao estar desflorestados, os bosques não podem eliminar o excesso de dióxido de carbono na atmosfera.
Os bosques crescem de forma desigual no planeta como se mostra no gráfico.
Segundo a FAO, a desflorestação no mundo. Fundamentalmente a conversão de bosques tropicais em terras agrícolas, diminui a sua taxa de crescimento nos últimos dez anos para continua a um ritmo alarmante em muitos países, alcançando 13 milhões de hectares anuais entre os anos 2000 e 2010 (0,4% do total), o que equivale a 35.000 hectares por dia.
Nos anos 90 foram o Brasil e a Indonésia os que registaram maior número de perdas de bosques, mas actualmente reduziram consideravelmente as suas taxas de desflorestação. Actualmente, a América Central e a África são os que experimentam maiores perdas anuais de bosques.
Os países não só melhoraram as suas políticas e legislação florestais, mas também atribuíram bosques para uso de comunidades locais e populações indígenas, e para a conservação da diversidade biológica e outras funções meio ambientais.
Os bosques representam um dos principais escoadouros mundiais de carbono. Armazenam cerca de 289 gigatoneladas** (Gton) de carbono em árvores e outra vegetação. O carbono armazenado na biomassa florestal, a madeira morta, a folhagem e o solo é maior – em conjunto – que todo o carbono presente na atmosfera. A nível mundial, calcula-se que as reservas de carbono na biomassa florestal tenham descendido em 0,5 Gton ao ano no período 2000-2010, principalmente devido à redução da superfície florestal total.
Nos
últimos 8000 anos, cerca de metade da coberta florestal do mundo teria sido destruída, passámos de 6000 milhões de hectares de bosques a cobrir o mundo a algo mais de metade na actualidade.
*Capa freática: Es la primera capa de agua subterránea que se encuentra al realizar una perforación
**Gigatonelada: Es igual a mil millones de toneladas.
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