A madeira é a segunda matéria-prima por volume de facturação no mundo, após o petróleo.
No entanto, como matéria-prima, existem várias coisas que as diferenciam:
-A madeira é renovável, enquanto que o petróleo não.
-A madeira não é contaminante, enquanto que o petróleo sim.
-Existem inúmeros produtores de madeira, enquanto que o petróleo está controlado pelos estados e por poucos produtores.
Devido ao aumento da população mundial e à restrição para a tala dos bosques nativos, o mercado da madeira tem uma alta potencialidade.
Além disso, como podemos observar no quadro adjunto, a madeira tem sido nos primeiros três meses do ano a que mais viu os seus preços aumentados (31%).
Fonte: Invertia
A FAO* assegura que num futuro próximo, apesar de todos os bosques que estão a ser plantados neste momento, irá haver um deficit de madeira de 500 milhões de metros cúbicos.
Como causas deste deficit indicam-se:
-O crescimento demográfico exponencial.
-As pressões de grupos ambientalistas para proibir a tala de bosques nativos.
-A alta taxa de desflorestação, que se incrementa num 1,8% anual acumulativo. A incorporação da China, Índia e mercados emergentes ao mercado global.
Segundo a Bolsa de Matérias-Primas de Chicago, nos últimos 180 anos, a revalorização da madeira superou em 2% o preço do resto de Matérias-Primas. Por outro lado, o preço de m3 das madeiras nobres também seguiu esse caminho.
O crescimento da procura das madeiras nobres, unido à incorporação de mercados emergentes em zonas geográficas em crescimento e à diminuição na oferta internacional apontam para o rápido aumento do preço da madeira..
Segundo as previsões de Wood Resources International**, a procura de madeira para fins industriais passará de 1.600 milhões de metros cúbicos a 2.700 milhões em 2030 (1.600, de coníferas e o resto de não coníferas).
*FAO: Organismo para a Agricultura e a Alimentação das Nações Unidas.
** Wood Resources Internationa: Consultora Internacional sobre a indústria florestal.
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